segunda-feira, 2 de abril de 2012

Quarta-feira

É para mim o jogo menos importante deste ciclo - e incluo aqui a final da Taça da Liga.
Considero-o pelas seguintes razões.
Quarta-feira o Benfica não pode esquecer que o jogo com o Sporting é decisivo para o objectivo assumidamente prioritário da época: ser Campeão Nacional. Nessa medida, terá que existir alguma (ainda que escassa) gestão do esforço do plantel.
Por outro lado, o jogo não é tão importante como os outros (Sporting, Gil Vicente e Marítimo) porque não vale um título: mesmo uma vitória e qualificação para as meias finais não alteraria o facto do Barcelona e Real Madrid serem os principais favoritos. Só em circunstâncias muito anormais deixará de ser um deles a ganhar a Liga dos Campeões.
Finalmente é o jogo menos importante do ciclo porque temos poucas possibilidades de o vencer. Nesse sentido temos que ser pragmáticos e aliviar um pouco a pressão sobre os jogadores, ainda por cima sabendo-se que o desgaste tem tanto de físico quanto de psicológico.

Dito isto, é óbvio que o Benfica tem um nome e um estatuto a defender na Europa e que, embora escassas, mantém ainda algumas hipóteses de qualificação.
Não se trata portanto de forma alguma de dar o jogo como perdido e entrar em campo para cumprir calendário. Trata-se apenas de, na escala de prioridades que necessariamente tem que se estabelecer face a vários jogos espaçados por dias, entender que este é o que, com menor prejuízo dos objectivos para a época, se pode não ganhar. Nessa medida, este é o único jogo em que pode haver alguma gestão do plantel ou doseamento do esforço.
Aquilo que preconizo, como já antes escrevi, é que o Benfica deve fazer um jogo inteligente, procurando defender bem e jogar com alguma ansiedade que possa existir no Chelsea em resolver a eliminatória e garantir uma presença nas meias finais. Para os ingleses o jogo é muito mais importante do que para o Benfica - é quase a tábua de salvação da sua época - e talvez isso possa jogar a nosso favor. Para que assim seja temos que ser inteligentes, muito competentes na defesa e letais no ataque. O Benfica precisa de concretizar todas as oportunidades que tenha e precisa também de alguma sorte (que aliás não teve no jogo da primeira mão). Talvez este seja um jogo à medida de Rodrigo e Nélson Oliveira.

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