sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Esperteza saloia

Há pessoas nesta vida que acham que os outros são todos parvos ou andam todos a dormir. A quadrilha lagarteira faz parte dessa categoria de pessoas. O seu treinador então é especialista e doutorado na matéria.
Ontem resolveu dar lições de moral, autênticas orações de sapiência para um rebanho de jornalistas bem comportados. Os truques do artista são velhos e caducos, mas os tolos continuam a cair neles. Ontem a estratégia foi a da vitimização e da invenção de uma cabala para prejudicar o Sporting.
Em primeiro lugar, é importante perceber que estamos a falar de uma pessoa que depois de praticamente andar à pancada com o ex-treinador do Porto, lhe fez declarações públicas de amor, garantindo que "amanhã podia estar no lugar dele". O que muita gente não percebeu foi que essa declaração não tinha o sentido de "amanhã posso estar num mau momento" mas sim a de que "amanhã posso estar no Porto". Isso é demonstrado inequivocamente pelos ataques constantes a Rui Vitória que é seu compatriota e, ao contrário do basco, nunca foi arrogante e desrespeitador. Aí JJ já não se preocupava com o "mau momento" do colega. Não, o seu problema não era o outro ser despedido (ele nunca se preocupou muito com essas situações). As suas declarações foram mais uma vez um piscar de olho a Pinto da Costa e a Antero Henrique. Ele continua a querer desejar treinar o Porto - disso não tenham a menor dúvida.
 
Quanto à autoridade moral do treinador do Sporting estamos portanto conversados. Passemos então à substância daquilo que ele disse ontem. A história da unidade contra o inimigo externo é velha e já não pega.
 
Slimani, que ele agora garante que é um excelente rapaz que está a ser injustiçado, numa aparente cabala ou campanha de difamação por parte do Benfica (isso fica implícito) é um jogador que agrediu Samaris por trás com uma cotovelada na nuca, quando a bola estava muito longe dalí. Para além disso, entrou de sola sobre Júlio César, quase lesionando gravamente o nosso guarda-redes, agrediu um outro jogador à cotovelada num outro jogo pouco depois do Benfica e no Domingo voltou a agredir, desta vez um jogador do Braga. Isto para além de muitos outros lances que nem sequer aqui vou referir, muito às margens da lei. Isto não é nenhuma conspiração, nem nenhuma invenção ou intentona dos benfiquistas. Isto é a pura realidade que nenhumas conversas de café ou de chiclete podem mascarar.
 
O que se passou no Domingo passado contra o Braga foi uma vergonha como há muito não se via. Pode até ter sido um bom jogo de futebol, com muita correria e emoção. Mas não deixou de ser um assalto arbitral descarado por parte de um dos piores árbitros portugueses (e portuenses). As agressões dos jogadores do Sporting, especialmente a de João Mário, ficam para a história desta liga, assim como o penalty que permitiu a reviravolta no marcador. E ainda se fazem de vítimas...

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